Listas de convidados, respostas educadas no Orkut ou no Facebook, agendamento de salão ou bar, preparação de um menu especial. Estas atitudes parecem divertidas, mas não para todo mundo. Além da extensa lista de tarefas que uma comemoração exige, fazer aniversário também leva as pessoas a refletir sobre suas vidas e questionar suas prioridades.
“Apesar de gostar de comemorar, no dia do meu aniversário eu fico triste, depressiva”, diz a assessora Mariana Campos. Aos 25 anos, ela diz que a data a faz pensar – de modo não muito positivo – na idade que tem. “Vejo que estou ficando velha e não fiz nada do que devia estar fazendo nessa idade”. Para Valéria Meirelles, psicóloga e organizadora do livro “Mulher do Século XXI ” (Editora Roca), isso se explica pela existência de uma maior punição social para as mulheres que envelhecem, por isso é comum que elas não gostem da data. “Para algumas mulheres, fazer aniversario é morrer um pouco a cada ano”, diz.
Mesmo que se sinta depressiva a cada 12 de janeiro, Mariana ainda gosta de fazer festas. O que não é o caso da gerente de projetos Gabriela Iannaccone, de 26 anos, que quer distância das comemorações de aniversário feitas de forma automática, pouco natural. “Odeio as obrigações sociais pelas quais a gente tem que passar, fazer ou participar. É tudo muito cansativo”, explica. De todos rituais, o “parabéns a você” é o que Gabriela menos gosta “Não suporto cantar parabéns. Acho infantil, desnecessário. Um monte de adulto batendo palmas, depois de 12 anos, não acho que qualquer pessoa faça isso com gosto”, brinca.
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