1.
RISCO E
RETORNO
O
binômio risco-retorno pode ser considerado um fundamento básico de tomada de
decisão para os investidores partiu do principio de que não se pode esperar
grandes retornos sem entrar num ambiente de risco.
Assim,
diariamente diretores, gestores a todo momento tem que tomar decisão a respeito
dos aspectos da rotina da empresa e todo o âmbito organizacional. Devem estar
sempre preocupados com o futuro, tendo visão de longo prazo.
Como
o conceito de risco é amplo, vamos resumir dando importância apenas aos
componentes de risco total, como por exemplo: econômico e financeiro. As principais
causas do risco econômico esta relacionado com a conjuntura, ou seja, políticas
econômicas, novas tecnologias e etc.; mercado no que impacta crescimento da
concorrência, e o planejamento e a gestão da empresa. Podemos afirmar que o
risco financeiro esta mais direcionada ao relacionamento do endividamento da
empresa com a sua capacidade de pagamento, ou seja, sua liquidez.
Vale
ressaltar que existem três variáveis no qual define todo este processo de
análise financeira são: risco, retorno e o preço. Uma definição de cada item:
·
Risco: É quando há variabilidade no retorno
que se espera de um determinado ativo. Exemplo: Uma aplicação em CDB prefixo,
que promete pagar, ao final de 34 dias, 2% ao mês sobre o capital empregado,
sem qualquer consideração de inadimplência por parte do banco. Sabendo que o
banco pagará o valor estipulado independente do que ocorra na economia.
Conclui-se que neste caso que o retorno obtido é exatamente igual ao esperado.
·
Preço: É estimado pelos agentes financeiros
com base no valor presente dos fluxos futuros de caixa que eles esperam
para o ativo. A taxa nada mais é do que o mínimo de retorno que os agentes
exigem para aumentar o ativo, assim quanto maior for o risco do ativo, maior
será a taxa considerada.
·
Retorno: um exemplo, um CDB prefixado, não há
discrepância entre o retorno esperado e o retorno efetivamente obtido, então se
deduz que não tem risco, levando em consideração o retorno esperado que é
constante e o retorno efetivo onde é desconhecido o término. Temos as seguintes
ferramentas para auxiliar nestas compreensões como:
1. CAPM (capital asset pricing model) foi
desenvolvida para explicar o comportamento dos preços dos ativos e fornecer um
mecanismo que possibilidade aos investidores avaliar o impacto do risco sobre o
retorno de um ativo, permitindo analisar a taxa mínima de atrativa para o
capital próprio.
2. TIR (taxa interna de retorno) é a taxa de
desconto que iguala o valor atual líquido dos fluxos de caixa de um projeto a
zero. Em outras palavras, a taxa que com o valor atual das entradas seja igual
ao valor atual das saídas.
3. Pay
back é uma das
técnicas de análise de investimento mais comuns que existem. Consiste em umas
das alternativas mais populares ao VPL. Sua principal vantagem em relação ao
VPL consiste em que a regra do Pay Back leva em conta o tempo do investimento e
consequentemente é uma metodologia mais apropriada para ambientes com risco
elevado.
4. VPL
(valor presente
liquido) para a análise do orçamento de capitais - planejamento de
investimentos em longo prazo. Usando o método VPL um projeto de investimento
potencial deve ser empreendido se o valor presente de todas as entradas de
caixa menos o valor presente de todas as saídas de caixa (que iguala o valor
presente líquido) for maior que zero. Se o VPL for igual à zero, o investimento
é indiferente, pois o valor presente das entradas é igual ao valor presente das
saídas de caixa; se o VPL for menor do que zero, significa que o investimento
não é economicamente atrativo, já que o valor presente das entradas de caixa é
menor do que o valor presente das saídas de caixa.
5. ER
(taxa esperada de
retorno) esta taxa é exigida pelo investidor para compensá-la pelo risco que
carrega o ativo.
Como regra geral, quanto maior o
risco associado a um investimento, maior será o retorno que se pode conseguir.
Apesar de isto ser verdade, existem outros fatores a ter em conta para
determinar o grau de risco em relação ao retorno oferecido. Alguns fatores
podem ser determinantes para aferir o risco em relação ao retorno:
·
VOLATILIDADE
Isto é a subida ou queda de preço de
um ativo financeiro. O que acontece é que os mercados estão sempre a avaliar o
que está a acontecer para se conseguir uma estimativa do que vai acontecer no
futuro. Isto significa que estas expectativas futuras podem fazer com que os
preços subam ou desçam drasticamente. Estas variações enormes são o conceito
básico de volatilidade.
·
CONHECER VÁRIOS TIPOS DE
RISCO
Em qualquer tipo de investimento,
existem diferentes tipos de risco que vai ter de compreender para decidir se
determinado investimento se adéqua a si. Alguns destes riscos que se encontram
sempre incluem:
1.
Risco de mercado - os riscos que proveem dos
movimentos positivos e negativos que ocorrem sempre no mercado bolsista.
2.
Risco político - o risco de determinado país mudar
políticas que afetam aquilo em que se investiu.
3.
Risco de taxas de juro - o valor do investimento
pode ser afetado pela variação das taxas de juro.
4.
Risco de crédito - quando determinada empresa ou
indivíduo consegue pagar o que lhe foi emprestado ou os juros desse valor.
5.
Risco de país - o risco associado ao fato de
determinado país não ser capaz de pagar as suas obrigações financeiras.
6.
Risco de câmbio externo - quando as variações das
taxas de câmbio de determinado país afetam o investimento.
·
USAR A PIRÂMIDE DE RISCO
A pirâmide de risco é simplesmente
uma pirâmide que mostra os diferentes tipos de investimentos, desde o menos
arriscado ao mais arriscado. Na base da pirâmide encontram-se os investimentos
menos arriscados, que incluem: obrigações do tesouro, instrumentos dos mercados
de câmbio, certificados de depósito, notas e dinheiro (ou liquidez). O meio da
pirâmide está os bens com um pouco mais de risco que incluem: bens
imobiliários, fundos de investimento, ações e obrigações. No cume ficam os
investimentos de maior risco: opções, futuros e contratos por diferença (CFDs).
Um bom exemplo de avaliação do risco
seria analisar o preço de uma ação cujo pico máximo há 52 semanas tenha
atingido os €200,00 e cujo valor mínimo durante o mesmo período tenha sido de
€15,00. Quando se analisam as subidas e descidas das últimas 52 semanas deste
título, verificamos que se trata de uma ação muito volátil. Isto significa que
esta ação pode igualmente proporcionar retornos mais elevados.
·
COMPREENDER A RELAÇÃO ENTRE
RISCO E RETORNO
Obviamente, o risco e o retorno
andam de mãos dadas quando se fala em investimento. Alguns fatores que vão
interferir na determinação do nível de risco incluem: a volatilidade, o
conhecimento dos diferentes tipos de risco, a compreensão do funcionamento de
uma pirâmide de risco e a percepção de como o risco afeta o retorno. Isto vai
permitir que seja capaz de tomar decisões de investimento prudentes se comparar
os dois fatores um com o outro.
O investidor deverá ser capaz de
avaliar os diferentes tipos de risco associados a cada tipo de investimento.
Numa perspectiva de construção de uma carteira de investimentos, deverá começar
por investir em ativos com menor risco, tipicamente fundos de investimento,
depósitos a prazo e obrigações. À medida que a sua carteira vai ganhando
dimensão, poderá expor-se a níveis de risco superiores, procurando assim um
desempenho de rentabilidade superior: ações, derivados e futuros.
2.
ALAVANCAGEM
FINANCEIRA
Conhecida
por uma grande influência na parte ligada a negócios e finanças, a alavancagem
financeira esta inserida a um efeito financeiro fundido ao crescimento da
Rendibilidade dos Capitais Próprios (também designado por ROE ou “Return on
Equity”).
O
efeito da alavancagem financeira tem como o seu principal objetivo em trabalhar
de acordo com a rendibilidade de determinadas operações investidas ou por outro lado. Também parte de investimentos de alguma determinada empresa na sua globalidade, tendo como meta
em ajudar no controle das rendas e de capitais próprios, a alavancagem
financeira, sem dúvidas, é uma das melhores opções para quem não sabe.
2.1
CONCEITOS DA ALAVANCAGEM FINANCEIRA
Ela
também funciona de uma maneira em que ajuda financeiramente a empresa a
controlar suas rendas, tendo o controle devido às finanças. Para cada setor,
seja ele financeiro ou não, sempre há conceitos a serem respeitados, e no caso
da alavancagem financeira, ela existe para dar apoio aos que procuram não
somente crescer na vida, mas que queiram administrá-la
corretamente.
A
existência de alavancagem financeira acarreta naturalmente benefícios para os
detentores do capital da empresa, ou melhor, isso sem a necessidade de aumentar
os seus próprios capitais investidos, e mais, com isso consegue maiores
retornos financeiros para que possam dar sequência aos trabalhos.
Formas
comuns de conseguir alavancagem são: tomar dinheiro emprestado, comprar ativos fixos e usar derivativos. Exemplos importantes são:
·
Uma sociedade anônima
pode alavancar seu patrimônio líquido
tomando dinheiro emprestado. Quanto mais ela toma empréstimos, menos capital próprio ela
precisa. Assim, a empresa apresentará uma relação lucros (ou perdas) / capital proporcionalmente maior
(porque a base será menor).
·
Uma
empresa pode alavancar suas receitas
comprando ativos fixos. Isso vai alavancar a proporção de custos
fixos, em relação aos custos variáveis, da
empresa, e a variação da receita resultará de maior variação nas receitas
operacionais, isto é, nas receitas decorrentes da atividade principal da
empresa.
·
Hedge
funds frequentemente alavancam seus ativos usando derivativos. Um
fundo pode obter ganhos ou perdas sobre o valor de $20 milhões de óleo
cru,
depositando apenas $1 milhão como garantia.
Portanto,
só existe alavancagem financeira se a empresa possuir capital de terceiros em
sua estrutura
de capital.
A
alavancagem financeira é positiva quando capitais de longo prazo de terceiros
produzem efeitos positivos sobre o patrimônio
líquido. Os capitais
de terceiros de longo prazo só são vantajosos para uma empresa quando o retorno
sobre o patrimônio
líquido for superior
ao retorno sobre o ativo. De nada adiantaria a uma empresa
captar recursos a longo prazo, se estes fizessem com que o retorno sobre o
patrimônio líquido recuasse à sua posição anterior à da captação.
Alavancagem
financeira é isso: a "alavanca" que esta captação produz (ou não) no
retorno aos acionistas.
2.2
ALAVANCAGEM
FINANCEIRA E RISCO
A medida do grau de alavancagem
financeira (GAF) de uma empresa é um importante indicadora do grau de risco a
que empresa está submetida. Se existe a presença de capital de terceiros de
longo prazo na estrutura de capital, a empresa estará "alavancada",
ou seja, corre risco financeiro. Uma das fórmulas para calcular o GAF é:
GAF = RPL/RAT. Sendo:
RPL= Retorno sobre o Patrimônio Líquido = Lucro
líquido/Patrimônio Líquido
RAT= Retorno sobre o Ativo Total= Lucro depois do
Imposto de Renda e antes dos juros/Ativo Total
·
Se o GAF = 1,0 a alavancagem financeira será
considerada nula. Nesse caso, não há despesas financeiras, ou seja, não há
capital de terceiros (geralmente instituições financeiras) na estrutura de
capital. Se o grau de alavancagem financeira é igual a 1, o risco financeiro é
baixo .
·
Se o GAF > 1,0 a alavancagem financeira será
considerada favorável: o retorno do Ativo Total (conjunto de bens e direitos da
empresa, expressos em moeda) será razoavelmente maior que a remuneração paga ao
capital de terceiros.
·
Se o GAF < 1,0 a alavancagem financeira será
considerada desfavorável. Neste caso, há risco financeiro. Se o RPL é menor do
que o RAT, o capital de terceiros está consumindo parte do patrimônio líquido.
Mesmo se o Ativo Total gerar um retorno, parte desse retorno está sendo financiada
por capital de terceiros - o qual é, neste caso, remunerado a uma taxa superior
à taxa de retorno sobre o Ativo Total. Diz-se então que o capital de terceiros
está exercendo alavancagem negativa.
3.
INDICE DE
ENDIVIDAMENTO
Estes índices revelam o grau de
endividamento da Empresa. A análise desse indicador por diversos exercícios
mostra a política de obtenção de recursos da empresa. Isto é, se a empresa vem
financiando o seu Ativo com Recursos Próprios (Patrimônio Liquido) ou de
Terceiros (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) e em que proporção. Na
Análise do Endividamento há necessidade de detectar as características deste
indicador:
1.
Empresas que recorrem a dívidas como um
complemento de Capitais Próprios para realizar aplicações produtivas no seu
Ativo (ampliação, expansão, modernização, etc.). Este endividamento é sadio,
mesmo sendo um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar
recursos para saldar o compromisso assumido.
2.
Empresas que recorrem a dívidas para pagar
outras dívidas que estão vencendo. Por não gerarem recursos para saldar os seus
compromissos, elas recorrem a empréstimos sucessivos. Permanecendo este círculo
vicioso, a empresa será uma séria candidata à insolvência e, consequentemente, à
falência.
3.1 Índices de Endividamento Geral (EG)
Mede a proporção dos ativos totais
da empresa financiada por credores.
EG = Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo X
100
Ativo
total (ou Passivo Total)
Indica que a empresa financia os
ativos com capital de terceiros.
► Para
avaliar o risco da empresa = “quanto maior, pior”. Para a empresa pode
ocorrer que o endividamento lhe permita melhor ganho, porém, associado ao maior
ganho estará um maior risco.
► Do
ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação de Capitais de
Terceiros/Patrimônio Liquido menor a liberdade de decisões financeiras da
empresa ou maior a dependência a esse terceiros.
► Do
ponto de vista da obtenção de lucro, pode ser vantajoso para a empresa
trabalhar com Capitais de terceiros, se a remuneração paga a esses capitais for
menor do que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios.
3.2
Composição do endividamento
(CE)
Este índice tem o objetivo de
demonstrar a política adotada para captação de recursos de terceiros. Pode-se
identificar através desse índice se a empresa concentra seu endividamento a
curto ou longo prazo.
CE = Passivo
Circulante X
100
Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo
3.3 Índice
exigível a longo prazo/Patrimônio Líquido
Mede a relação exigível a longo
prazo e patrimônio líquido.
ELP/PL
= Exigível a longo
prazo x 100
Patrimônio Líquido
Este numero só é significativo
frente a luz do negócio da empresa. Empresas com grandes montantes de Ativos
Permanentes, Fluxos de caixa estáveis, ou ambos tendem a ter este índice muito alto.
3.4 Índice de cobertura de Juros
Mede a
Capacidade da empresa para efetuar pagamentos de Juros contratuais.
Índice de cobertura de
Juros = Lucro antes dos Juros e do IR.
Despesa anual em Juros
.
Lucro
antes dos Juros e do IR = Lucro Operacional
3.5 Imobilização
do Patrimônio Líquido (IPL)
Indica quanto do Patrimônio Líquido
da empresa está aplicado no Ativo Permanente, ou seja, o quanto do Ativo
Permanente da empresa é financiado pelo seu Patrimônio Líquido, evidenciando,
dessa forma, a maior ou menor dependência de recursos de terceiros para
manutenção dos negócios. Quanto mais a empresa investir no Ativo Permanente,
menos recursos próprios sobrarão para o Ativo Circulante e, em consequência,
maior será a dependência ao Capital de Terceiros para o financiamento do Ativo
Circulante. O ideal em termos financeiros é a empresa dispor de Patrimônio
Líquido suficiente para cobrir o Ativo Permanente e ainda sobrar uma parcela
suficiente para financiar o Ativo Circulante.
3.5 Imobilização dos Recursos
Este índice indica que percentuais
de Recursos Não Correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente.
Não Correntes (IRNC)
IRNC = AP -
PL + ELP
Os elementos do Ativo Permanente têm
vida útil que pode ser de 2, 5, 10 ou 20 anos. Assim, não é necessário financiar
todo o Imobilizado com Recursos Próprios. É perfeitamente possível utilizar
recursos de Longo Prazo, desde que o prazo seja compatível com o de duração do
Imobilizado, ou então que o prazo seja suficiente para a empresa gerar recursos
capazes de resgatar as dívidas de Longo Prazo. Daí a lógica de comparar
aplicações fixas (Ativo Permanente) com os Recursos Não Correntes (Patrimônio
Liquido + Exigível a Longo Prazo).
4.
CUSTO
DE CAPITAL E LIMITE DE ENDIVIDAMENTO
4.1
CUSTO DE CAPITAL
O
custo do capital é o rendimento requerido sobre os vários tipos de
financiamento. Este custo pode ser explícito ou implícito e ser expresso como
sendo o custo de oportunidade para uma alternativa equivalente de
investimento.
A
determinação do custo de capital implica a necessidade de estimar o risco do
investimento, analisando os componentes que conformarão o capital (como a
emissão de ações ou a dúvida). Existem diferentes formas de calcular o custo do
capital, que dependem das variáveis utilizadas pelo analista.
Por
outras palavras, o custo do capital supõe a retribuição que irão receber os
investidores por injetarem capital na empresa, isto é, o pagamento que obterão
os acionistas e os credores. No caso dos acionistas, receberão dividendos por ação, ao passo que os credores
irão beneficiar com os juros pela quantia desembolsada (por exemplo, aplicam
10.000 euros e recebem 12.000, o que perfaz um lucro/juros de 2000 euros).
A
avaliação do custo de capital informa quanto ao preço que a empresa paga por usar o capital. Esse custo é
calculado como uma taxa: existe uma taxa para o custo de dúvida e outra para o
custo do capital próprio; ambos os recursos formam o custo do capital.
Cabe
frisar que o capital de uma empresa é formado pelo capital contabilístico
externo que se obtém através da emissão de ações comuns em oposição às
utilidades retidas, pelo capital contabilístico interno proveniente das
utilidades retidas, pelas ações preferentes e pelo custo da dúvida (antes e
depois de impostos).
4.2
LIMITE DE
ENDIVIDAMENTO
O endividamento de uma empresa pode
ser encarado de maneiras completamente distintas. Se do tipo que o pagamento
ocasiona buracos no orçamento, fruto da necessidade de financiar atividades
cotidianas ou para recuperar capital passado, por exemplo, é sinal de que as
finanças não vão bem. No entanto, se decorrente de visão estratégica do
empreendedor que busca aproveitar uma oportunidade de negócio, o endividamento
com bancos ou instituições financeiras pode ser até melhor do que o uso de
capital próprio.
A
aplicação desses conceitos tem limite, pois chega um momento em que, por mais
atraente que sejam as oportunidades de investimento, o empresário precisa
verificar se não está comprometendo o fluxo de caixa da empresa com o pagamento
de empréstimos - ainda que os mesmos estejam dando lucro.
Um
parâmetro sugerido é a regra utilizada pelos bancos para conceder empréstimo à
pessoa física. Isso significa não comprometer mais do que 30% da renda com o
pagamento, pois o restante é o que é considerado essencial para as demais
necessidades. Numa empresa ocorre mais ou menos o mesmo. Para começar, é
interessante colocar o limitador na casa dos 30% do faturamento. Com o passar
do tempo o empresário começa a aprender a calcular o limite.
Outro
termômetro é a própria taxa cobrada pelo banco, pois quanto mais endividada uma
empresa está, mais a taxa aumenta. Estabelecer limites é importante até para
que o empresário não passe a encarar o empréstimo como um fardo, que está
consumindo recursos que a empresa precisa aplicar em outros locais. Senão, com
o tempo, há o risco de ele ficar receoso de investir no crescimento do negócio.
Limite
de endividamento significa medir qual a capacidade que se tem para fazer
pagamentos, permitindo conhecer qual é o limite de endividamento em que podemos
incorrer. Dito de outra forma o limite de endividamento é a capacidade que
temos para nos endividarmos sem cair em descumprimento, onde a ideia principal
é que se possa ter o encargo de pagamento de uma divida sem que tal prejudique
o orçamento
e capacidade de
pagamento.
5.
RISCO FINANCEIRO
De acordo com as Normas
Internacionais de Contabilidade, o risco financeiro designa o risco de uma
possível alteração futura numa ou mais taxas de juro, preços de instrumentos
financeiros, preços de mercadorias, taxas de câmbio, índices de preços ou
taxas, notações de crédito ou índices de crédito ou outra variável
especificada, desde que, no caso de uma variável não financeira, a variável não
seja específica de uma parte do contrato.
Risco financeiro está relacionado
com a estruturação das finanças de uma organização. O risco financeiro variará
de acordo com a natureza e o tipo de investimento. Este risco financeiro
aumenta muito quando uma determinada organização decide usar a dívida de
instituições financeiras para a expansão dos negócios, juntamente com
financiamento de capitais próprios. Quando falamos de risco financeiro,
torna-se imperativo para discutir a estrutura das taxas de juro. Qualquer
aumento nas taxas de juros do seu negócio pode afetar seus fluxos de caixa. Os
sempre mudando as taxas de câmbio também aumentar o risco financeiro de uma
empresa.
Riscos financeiros em negócios
internacionais são muito mais do que os envolvidos nos negócios domésticos. A
falta de estudo dos mercados internacionais pode aumentar significativamente o
risco financeiro. Um exemplo simples pode ser dado para explicar este fato. Se
você é o proprietário de uma empresa financeira e financiaram os projetos de um
cliente no exterior, então você pode enfrentar problemas na recuperação de
dívidas. Estes problemas surgem devido à interpretação errada do valor do
crédito do cliente. Habilidades de gestão de risco é uma obrigação para ter o
seu negócio para o topo.