Atualidades, trabalhos acadêmicos e matérias relevantes

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ASSUNTOS ATUAIS.

domingo, 9 de dezembro de 2012

ANÁLISE DE RISCO DOS PROJETOS





1.            RISCO E RETORNO

            O binômio risco-retorno pode ser considerado um fundamento básico de tomada de decisão para os investidores partiu do principio de que não se pode esperar grandes retornos sem entrar num ambiente de risco.
            Assim, diariamente diretores, gestores a todo momento tem que tomar decisão a respeito dos aspectos da rotina da empresa e todo o âmbito organizacional. Devem estar sempre preocupados com o futuro, tendo visão de longo prazo.
            Como o conceito de risco é amplo, vamos resumir dando importância apenas aos componentes de risco total, como por exemplo: econômico e financeiro. As principais causas do risco econômico esta relacionado com a conjuntura, ou seja, políticas econômicas, novas tecnologias e etc.; mercado no que impacta crescimento da concorrência, e o planejamento e a gestão da empresa. Podemos afirmar que o risco financeiro esta mais direcionada ao relacionamento do endividamento da empresa com a sua capacidade de pagamento, ou seja, sua liquidez.
            Vale ressaltar que existem três variáveis no qual define todo este processo de análise financeira são: risco, retorno e o preço. Uma definição de cada item:
·                    Risco: É quando há variabilidade no retorno que se espera de um determinado ativo. Exemplo: Uma aplicação em CDB prefixo, que promete pagar, ao final de 34 dias, 2% ao mês sobre o capital empregado, sem qualquer consideração de inadimplência por parte do banco. Sabendo que o banco pagará o valor estipulado independente do que ocorra na economia. Conclui-se que neste caso que o retorno obtido é exatamente igual ao esperado.
·                    Preço: É estimado pelos agentes financeiros com base no valor presente dos fluxos futuros de caixa que eles esperam para o ativo. A taxa nada mais é do que o mínimo de retorno que os agentes exigem para aumentar o ativo, assim quanto maior for o risco do ativo, maior será a taxa considerada.
·                    Retorno: um exemplo, um CDB prefixado, não há discrepância entre o retorno esperado e o retorno efetivamente obtido, então se deduz que não tem risco, levando em consideração o retorno esperado que é constante e o retorno efetivo onde é desconhecido o término. Temos as seguintes ferramentas para auxiliar nestas compreensões como:
1.    CAPM (capital asset pricing model) foi desenvolvida para explicar o comportamento dos preços dos ativos e fornecer um mecanismo que possibilidade aos investidores avaliar o impacto do risco sobre o retorno de um ativo, permitindo analisar a taxa mínima de atrativa para o capital próprio.
2.    TIR (taxa interna de retorno) é a taxa de desconto que iguala o valor atual líquido dos fluxos de caixa de um projeto a zero. Em outras palavras, a taxa que com o valor atual das entradas seja igual ao valor atual das saídas.
3.    Pay back é uma das técnicas de análise de investimento mais comuns que existem. Consiste em umas das alternativas mais populares ao VPL. Sua principal vantagem em relação ao VPL consiste em que a regra do Pay Back leva em conta o tempo do investimento e consequentemente é uma metodologia mais apropriada para ambientes com risco elevado.
4.    VPL (valor presente liquido) para a análise do orçamento de capitais - planejamento de investimentos em longo prazo. Usando o método VPL um projeto de investimento potencial deve ser empreendido se o valor presente de todas as entradas de caixa menos o valor presente de todas as saídas de caixa (que iguala o valor presente líquido) for maior que zero. Se o VPL for igual à zero, o investimento é indiferente, pois o valor presente das entradas é igual ao valor presente das saídas de caixa; se o VPL for menor do que zero, significa que o investimento não é economicamente atrativo, já que o valor presente das entradas de caixa é menor do que o valor presente das saídas de caixa.
5.    ER (taxa esperada de retorno) esta taxa é exigida pelo investidor para compensá-la pelo risco que carrega o ativo.
            Como regra geral, quanto maior o risco associado a um investimento, maior será o retorno que se pode conseguir. Apesar de isto ser verdade, existem outros fatores a ter em conta para determinar o grau de risco em relação ao retorno oferecido. Alguns fatores podem ser determinantes para aferir o risco em relação ao retorno:
·         VOLATILIDADE
            Isto é a subida ou queda de preço de um ativo financeiro. O que acontece é que os mercados estão sempre a avaliar o que está a acontecer para se conseguir uma estimativa do que vai acontecer no futuro. Isto significa que estas expectativas futuras podem fazer com que os preços subam ou desçam drasticamente. Estas variações enormes são o conceito básico de volatilidade.
·         CONHECER VÁRIOS TIPOS DE RISCO
            Em qualquer tipo de investimento, existem diferentes tipos de risco que vai ter de compreender para decidir se determinado investimento se adéqua a si. Alguns destes riscos que se encontram sempre incluem:
1.    Risco de mercado - os riscos que proveem dos movimentos positivos e negativos que ocorrem sempre no mercado bolsista.
2.    Risco político - o risco de determinado país mudar políticas que afetam aquilo em que se investiu.
3.    Risco de taxas de juro - o valor do investimento pode ser afetado pela variação das taxas de juro.
4.    Risco de crédito - quando determinada empresa ou indivíduo consegue pagar o que lhe foi emprestado ou os juros desse valor.
5.    Risco de país - o risco associado ao fato de determinado país não ser capaz de pagar as suas obrigações financeiras.
6.    Risco de câmbio externo - quando as variações das taxas de câmbio de determinado país afetam o investimento.
·         USAR A PIRÂMIDE DE RISCO
            A pirâmide de risco é simplesmente uma pirâmide que mostra os diferentes tipos de investimentos, desde o menos arriscado ao mais arriscado. Na base da pirâmide encontram-se os investimentos menos arriscados, que incluem: obrigações do tesouro, instrumentos dos mercados de câmbio, certificados de depósito, notas e dinheiro (ou liquidez). O meio da pirâmide está os bens com um pouco mais de risco que incluem: bens imobiliários, fundos de investimento, ações e obrigações. No cume ficam os investimentos de maior risco: opções, futuros e contratos por diferença (CFDs).
            Um bom exemplo de avaliação do risco seria analisar o preço de uma ação cujo pico máximo há 52 semanas tenha atingido os €200,00 e cujo valor mínimo durante o mesmo período tenha sido de €15,00. Quando se analisam as subidas e descidas das últimas 52 semanas deste título, verificamos que se trata de uma ação muito volátil. Isto significa que esta ação pode igualmente proporcionar retornos mais elevados.
·         COMPREENDER A RELAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO
            Obviamente, o risco e o retorno andam de mãos dadas quando se fala em investimento. Alguns fatores que vão interferir na determinação do nível de risco incluem: a volatilidade, o conhecimento dos diferentes tipos de risco, a compreensão do funcionamento de uma pirâmide de risco e a percepção de como o risco afeta o retorno. Isto vai permitir que seja capaz de tomar decisões de investimento prudentes se comparar os dois fatores um com o outro.
            O investidor deverá ser capaz de avaliar os diferentes tipos de risco associados a cada tipo de investimento. Numa perspectiva de construção de uma carteira de investimentos, deverá começar por investir em ativos com menor risco, tipicamente fundos de investimento, depósitos a prazo e obrigações. À medida que a sua carteira vai ganhando dimensão, poderá expor-se a níveis de risco superiores, procurando assim um desempenho de rentabilidade superior: ações, derivados e futuros.

2.    ALAVANCAGEM FINANCEIRA

            Conhecida por uma grande influência na parte ligada a negócios e finanças, a alavancagem financeira esta inserida a um efeito financeiro fundido ao crescimento da Rendibilidade dos Capitais Próprios (também designado por ROE ou “Return on Equity”).
            O efeito da alavancagem financeira tem como o seu principal objetivo em trabalhar de acordo com a rendibilidade de determinadas operações investidas ou por outro lado. Também parte de investimentos  de alguma determinada empresa na sua globalidade, tendo como meta em ajudar no controle das rendas e de capitais próprios, a alavancagem financeira, sem dúvidas, é uma das melhores opções para quem não sabe.

2.1 CONCEITOS DA ALAVANCAGEM FINANCEIRA


            Ela também funciona de uma maneira em que ajuda financeiramente a empresa a controlar suas rendas, tendo o controle devido às finanças. Para cada setor, seja ele financeiro ou não, sempre há conceitos a serem respeitados, e no caso da alavancagem financeira, ela existe para dar apoio aos que procuram não somente crescer na vida, mas que queiram administrá-la corretamente.
            A existência de alavancagem financeira acarreta naturalmente benefícios para os detentores do capital da empresa, ou melhor, isso sem a necessidade de aumentar os seus próprios capitais investidos, e mais, com isso consegue maiores retornos financeiros para que possam dar sequência aos trabalhos.
            Formas comuns de conseguir alavancagem são: tomar dinheiro emprestado, comprar ativos fixos e usar derivativos. Exemplos importantes são:
·                     Uma sociedade anônima pode alavancar seu patrimônio líquido tomando dinheiro emprestado. Quanto mais ela toma empréstimos, menos capital próprio ela precisa. Assim, a empresa apresentará uma relação lucros (ou perdas) / capital proporcionalmente maior (porque a base será menor).
·                      Uma empresa pode alavancar suas receitas comprando ativos fixos. Isso vai alavancar a proporção de custos fixos, em relação aos custos variáveis, da empresa, e a variação da receita resultará de maior variação nas receitas operacionais, isto é, nas receitas decorrentes da atividade principal da empresa.
·                     Hedge funds frequentemente alavancam seus ativos usando derivativos. Um fundo pode obter ganhos ou perdas sobre o valor de $20 milhões de óleo cru, depositando apenas $1 milhão como garantia.
            Portanto, só existe alavancagem financeira se a empresa possuir capital de terceiros em sua estrutura de capital.
            A alavancagem financeira é positiva quando capitais de longo prazo de terceiros produzem efeitos positivos sobre o patrimônio líquido. Os capitais de terceiros de longo prazo só são vantajosos para uma empresa quando o retorno sobre o patrimônio líquido for superior ao retorno sobre o ativo. De nada adiantaria a uma empresa captar recursos a longo prazo, se estes fizessem com que o retorno sobre o patrimônio líquido recuasse à sua posição anterior à da captação.
            Alavancagem financeira é isso: a "alavanca" que esta captação produz (ou não) no retorno aos acionistas.

2.2  ALAVANCAGEM FINANCEIRA E RISCO

            A medida do grau de alavancagem financeira (GAF) de uma empresa é um importante indicadora do grau de risco a que empresa está submetida. Se existe a presença de capital de terceiros de longo prazo na estrutura de capital, a empresa estará "alavancada", ou seja, corre risco financeiro. Uma das fórmulas para calcular o GAF é:
GAF = RPL/RAT. Sendo:
RPL= Retorno sobre o Patrimônio Líquido = Lucro líquido/Patrimônio Líquido
RAT= Retorno sobre o Ativo Total= Lucro depois do Imposto de Renda e antes dos juros/Ativo Total
·                    Se o GAF = 1,0 a alavancagem financeira será considerada nula. Nesse caso, não há despesas financeiras, ou seja, não há capital de terceiros (geralmente instituições financeiras) na estrutura de capital. Se o grau de alavancagem financeira é igual a 1, o risco financeiro é baixo .
·                    Se o GAF > 1,0 a alavancagem financeira será considerada favorável: o retorno do Ativo Total (conjunto de bens e direitos da empresa, expressos em moeda) será razoavelmente maior que a remuneração paga ao capital de terceiros.
·                    Se o GAF < 1,0 a alavancagem financeira será considerada desfavorável. Neste caso, há risco financeiro. Se o RPL é menor do que o RAT, o capital de terceiros está consumindo parte do patrimônio líquido. Mesmo se o Ativo Total gerar um retorno, parte desse retorno está sendo financiada por capital de terceiros - o qual é, neste caso, remunerado a uma taxa superior à taxa de retorno sobre o Ativo Total. Diz-se então que o capital de terceiros está exercendo alavancagem negativa.

3.    INDICE DE ENDIVIDAMENTO

            Estes índices revelam o grau de endividamento da Empresa. A análise desse indicador por diversos exercícios mostra a política de obtenção de recursos da empresa. Isto é, se a empresa vem financiando o seu Ativo com Recursos Próprios (Patrimônio Liquido) ou de Terceiros (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) e em que proporção. Na Análise do Endividamento há necessidade de detectar as características deste indicador:
1.            Empresas que recorrem a dívidas como um complemento de Capitais Próprios para realizar aplicações produtivas no seu Ativo (ampliação, expansão, modernização, etc.). Este endividamento é sadio, mesmo sendo um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos para saldar o compromisso assumido.

2.            Empresas que recorrem a dívidas para pagar outras dívidas que estão vencendo. Por não gerarem recursos para saldar os seus compromissos, elas recorrem a empréstimos sucessivos. Permanecendo este círculo vicioso, a empresa será uma séria candidata à insolvência e, consequentemente, à falência.

3.1 Índices de Endividamento Geral (EG)

            Mede a proporção dos ativos totais da empresa financiada por credores.

EG = Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo X 100
                       Ativo total (ou Passivo Total)

            Indica que a empresa financia os ativos com capital de terceiros.
► Para avaliar o risco da empresa = “quanto maior, pior”. Para a empresa pode ocorrer que o endividamento lhe permita melhor ganho, porém, associado ao maior ganho estará um maior risco.
► Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação de Capitais de Terceiros/Patrimônio Liquido menor a liberdade de decisões financeiras da empresa ou maior a dependência a esse terceiros.
► Do ponto de vista da obtenção de lucro, pode ser vantajoso para a empresa trabalhar com Capitais de terceiros, se a remuneração paga a esses capitais for menor do que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios.

3.2  Composição do endividamento (CE)

            Este índice tem o objetivo de demonstrar a política adotada para captação de recursos de terceiros. Pode-se identificar através desse índice se a empresa concentra seu endividamento a curto ou longo prazo.

CE =                                      Passivo Circulante                                          X 100
Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo


3.3 Índice exigível a longo prazo/Patrimônio Líquido
            Mede a relação exigível a longo prazo e patrimônio líquido.

ELP/PL =                     Exigível a longo prazo          x 100
                                         Patrimônio Líquido

            Este numero só é significativo frente a luz do negócio da empresa. Empresas com grandes montantes de Ativos Permanentes, Fluxos de caixa estáveis, ou ambos tendem a ter este índice muito alto.

3.4 Índice de cobertura de Juros

Mede a Capacidade da empresa para efetuar pagamentos de Juros contratuais.

 Índice de cobertura de Juros = Lucro antes dos Juros e do IR.
                                                                Despesa anual em Juros
.
Lucro antes dos Juros e do IR = Lucro Operacional

3.5 Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL)

            Indica quanto do Patrimônio Líquido da empresa está aplicado no Ativo Permanente, ou seja, o quanto do Ativo Permanente da empresa é financiado pelo seu Patrimônio Líquido, evidenciando, dessa forma, a maior ou menor dependência de recursos de terceiros para manutenção dos negócios. Quanto mais a empresa investir no Ativo Permanente, menos recursos próprios sobrarão para o Ativo Circulante e, em consequência, maior será a dependência ao Capital de Terceiros para o financiamento do Ativo Circulante. O ideal em termos financeiros é a empresa dispor de Patrimônio Líquido suficiente para cobrir o Ativo Permanente e ainda sobrar uma parcela suficiente para financiar o Ativo Circulante.

3.5 Imobilização dos Recursos
            Este índice indica que percentuais de Recursos Não Correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente.

Não Correntes (IRNC)
IRNC =         AP          -                 
                  PL + ELP

            Os elementos do Ativo Permanente têm vida útil que pode ser de 2, 5, 10 ou 20 anos. Assim, não é necessário financiar todo o Imobilizado com Recursos Próprios. É perfeitamente possível utilizar recursos de Longo Prazo, desde que o prazo seja compatível com o de duração do Imobilizado, ou então que o prazo seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar as dívidas de Longo Prazo. Daí a lógica de comparar aplicações fixas (Ativo Permanente) com os Recursos Não Correntes (Patrimônio Liquido + Exigível a Longo Prazo).

4.    CUSTO DE CAPITAL E LIMITE DE ENDIVIDAMENTO
           
4.1 CUSTO DE CAPITAL

            O custo do capital é o rendimento requerido sobre os vários tipos de financiamento. Este custo pode ser explícito ou implícito e ser expresso como sendo o custo de oportunidade para uma alternativa equivalente de investimento.
            A determinação do custo de capital implica a necessidade de estimar o risco do investimento, analisando os componentes que conformarão o capital (como a emissão de ações ou a dúvida). Existem diferentes formas de calcular o custo do capital, que dependem das variáveis utilizadas pelo analista.
            Por outras palavras, o custo do capital supõe a retribuição que irão receber os investidores por injetarem capital na empresa, isto é, o pagamento que obterão os acionistas e os credores. No caso dos acionistas, receberão dividendos por ação, ao passo que os credores irão beneficiar com os juros pela quantia desembolsada (por exemplo, aplicam 10.000 euros e recebem 12.000, o que perfaz um lucro/juros de 2000 euros).
            A avaliação do custo de capital informa quanto ao preço que a empresa paga por usar o capital. Esse custo é calculado como uma taxa: existe uma taxa para o custo de dúvida e outra para o custo do capital próprio; ambos os recursos formam o custo do capital.
            Cabe frisar que o capital de uma empresa é formado pelo capital contabilístico externo que se obtém através da emissão de ações comuns em oposição às utilidades retidas, pelo capital contabilístico interno proveniente das utilidades retidas, pelas ações preferentes e pelo custo da dúvida (antes e depois de impostos).

4.2  LIMITE DE ENDIVIDAMENTO

            O endividamento de uma empresa pode ser encarado de maneiras completamente distintas. Se do tipo que o pagamento ocasiona buracos no orçamento, fruto da necessidade de financiar atividades cotidianas ou para recuperar capital passado, por exemplo, é sinal de que as finanças não vão bem. No entanto, se decorrente de visão estratégica do empreendedor que busca aproveitar uma oportunidade de negócio, o endividamento com bancos ou instituições financeiras pode ser até melhor do que o uso de capital próprio.
            A aplicação desses conceitos tem limite, pois chega um momento em que, por mais atraente que sejam as oportunidades de investimento, o empresário precisa verificar se não está comprometendo o fluxo de caixa da empresa com o pagamento de empréstimos - ainda que os mesmos estejam dando lucro.
            Um parâmetro sugerido é a regra utilizada pelos bancos para conceder empréstimo à pessoa física. Isso significa não comprometer mais do que 30% da renda com o pagamento, pois o restante é o que é considerado essencial para as demais necessidades. Numa empresa ocorre mais ou menos o mesmo. Para começar, é interessante colocar o limitador na casa dos 30% do faturamento. Com o passar do tempo o empresário começa a aprender a calcular o limite.
            Outro termômetro é a própria taxa cobrada pelo banco, pois quanto mais endividada uma empresa está, mais a taxa aumenta. Estabelecer limites é importante até para que o empresário não passe a encarar o empréstimo como um fardo, que está consumindo recursos que a empresa precisa aplicar em outros locais. Senão, com o tempo, há o risco de ele ficar receoso de investir no crescimento do negócio.
            Limite de endividamento significa medir qual a capacidade que se tem para fazer pagamentos, permitindo conhecer qual é o limite de endividamento em que podemos incorrer. Dito de outra forma o limite de endividamento é a capacidade que temos para nos endividarmos sem cair em descumprimento, onde a ideia principal é que se possa ter o encargo de pagamento de uma divida sem que tal prejudique o orçamento e capacidade de pagamento.

5.      RISCO FINANCEIRO

            De acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade, o risco financeiro designa o risco de uma possível alteração futura numa ou mais taxas de juro, preços de instrumentos financeiros, preços de mercadorias, taxas de câmbio, índices de preços ou taxas, notações de crédito ou índices de crédito ou outra variável especificada, desde que, no caso de uma variável não financeira, a variável não seja específica de uma parte do contrato.
            Risco financeiro está relacionado com a estruturação das finanças de uma organização. O risco financeiro variará de acordo com a natureza e o tipo de investimento. Este risco financeiro aumenta muito quando uma determinada organização decide usar a dívida de instituições financeiras para a expansão dos negócios, juntamente com financiamento de capitais próprios. Quando falamos de risco financeiro, torna-se imperativo para discutir a estrutura das taxas de juro. Qualquer aumento nas taxas de juros do seu negócio pode afetar seus fluxos de caixa. Os sempre mudando as taxas de câmbio também aumentar o risco financeiro de uma empresa.
            Riscos financeiros em negócios internacionais são muito mais do que os envolvidos nos negócios domésticos. A falta de estudo dos mercados internacionais pode aumentar significativamente o risco financeiro. Um exemplo simples pode ser dado para explicar este fato. Se você é o proprietário de uma empresa financeira e financiaram os projetos de um cliente no exterior, então você pode enfrentar problemas na recuperação de dívidas. Estes problemas surgem devido à interpretação errada do valor do crédito do cliente. Habilidades de gestão de risco é uma obrigação para ter o seu negócio para o topo.










2 comentários:

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