Um estudo aponta que 17
dos 20 principais aeroportos brasileiros estão em uma situação
"crítica" ou "preocupante" devido ao excesso de passageiros
e 12 deles operam acima do limite de sua capacidade.
A má aplicação de recursos é
visível já há algum tempo para qualquer usuário. Para citar os mais problemas
mais comuns, logo na chegada ao aeroporto, sente a falta de estacionamentos
públicos, se vendo obrigado a pagar preços exorbitais em estacionamentos
privados sem estrutura equivalente ao preço pago. Logo depois, enfrenta com
outros passageiros grandes filas devido às escassas de posições de check-in,
se aborrece com o pouco espaço e falta de assentos nos saguões e salas de
embarque, têm de lidar atrasos e cancelamentos constantes e poucas esteiras
para retirada de bagagem. Como consolo, quase todos os aeroportos ganharam
novos sanitários e amplas áreas com lojas e restaurantes.
A falta de investimentos adequados na infraestrutura
evita que o setor acompanhe as exigências do mercado. Geralmente, as causas
apontadas são a falta de eficiência na concretização de investimentos e o
arrocho orçamentário.
"O crescimento da
demanda foi muito significativo nos últimos nove anos, e a estrutura dos
terminais aeroportuários pouco se alterou, provocando estrangulamento dos
maiores aeroportos", apontou o relatório.
O Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA) divulgou que só os aeroportos das cidades de Porto
Alegre, Salvador e Manaus funcionam em condições "adequadas".
A
situação torna-se mais preocupante com a proximidade da Copa do Mundo de 2014 e
das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, eventos esportivos que levarão a um
aumento significativo do número de pessoas circulando nos aeroportos, cujas
reformas ainda estão em fase inicial na maioria deles.
CENARIO 1
Mesmo com todos os esforços do governo
em investir nos aeroportos para a Copa do Mundo de 2014, a vida do passageiro
não será das melhores. A conclusão é de um estudo da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ).
As obras de
ampliação de nove dos 12 aeroportos em funcionamento nas 12 cidades que
sediarão os jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014 não deverão ser
concluídas até o início do evento. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA), fundação vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da
Presidência da República, a situação é preocupante. A demora nas obras também
já motivou críticas do presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA),
Joseph Blatter.
De acordo
com os responsáveis por uma nota técnica divulgada nesta quinta-feira, 14, em
Brasília (DF), considerando-se os prazos médios para elaboração de projetos,
obtenção de licenças obrigatórias, realização de licitações públicas e início
do serviço, “muito provavelmente não será possível concluir a maioria das obras
de expansão dos terminais aeroportuários até a Copa de 2014”.
Segundo o IPEA, além dos nove terminais já em
operação, o novo aeroporto de Natal (RN), que ainda está em construção, também
não deve ficar pronto antes de junho de 2014.
De acordo
com os técnicos do IPEA, uma obra de infraestrutura em transportes leva em
média 92 meses para ficar pronta, ou seja, mais de sete anos. Assim, com base
em informações sobre a atual situação de cada aeroporto, fornecidas pela
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), os técnicos do IPEA
estimam que as obras dos aeroportos de Manaus (AM), Fortaleza (CE), Brasília
(DF), Guarulhos (SP), Salvador (BA), Campinas (SP) e Cuiabá (MT), todos ainda
em fase de elaboração de projeto, não estarão prontas antes de 2017.
CENARIO 2
Para solucionar os problemas dos
aeroportos hoje para a Copa de 2014, não é necessário privatizar, como muitos
querem, o ideal é ter uma administração igual a da Petrobras, com o governo
acionista, mas com uma gestão profissionalizada, sem capital aberto. Com esse
modelo a Infraero se tornaria uma empresa livre de regas do Governo, com um
Conselho de Administração independente com homens e mulheres de negocio nas
cadeiras, pessoas que estejam interessadas em prestar serviços ao país.
Com os recursos do país, especialistas
(brasileiros e/ou estrangeiros) fariam projetos de reestruturação dos
aeroportos sem necessidades de licitações, com inovações já vista nos
aeroportos de Dubai, por exemplo.
Com essa nova filosofia de
administração será bem mais fácil gerir todas as reformulações e modernizações
que os aeroportos não somente das cidades-sede da copa de 2014 precisam, mas de
todo o Brasil, melhorando a qualidade no atendimento e fazendo mais voos
diretos, já que hoje 70% dos voos têm conexões, abrindo mais rotas e mais
concorrentes, o que acarretaria na necessidade de mais aeronaves para explorar
o potencial do mercado brasileiro.
Sem a necessidade de burocracia,
acabaria a demora na contratação de serviços e também de se contratar os mais
baratos, como no caso das licitações e passariam a buscar empresas de melhor
valor e também melhor prestação de serviços.
Todas essas ideias o futuro seria bem
melhor do que se vê hoje e teríamos todos os aeroportos prontos bem antes da
copa de 2014, melhorando a vida de quem precisa e quer viajar de avião de 2014
pra frente.